Recentemente, um artigo de Matt Fitzgerald me chamou atenção – “Você é um perdedor”. Ele faz referência a um estudo pioneiro de Marcora que sugere que nossa decisão de desistir em qualquer esforço de resistência extenuante, durante treinos ou provas, é uma decisão voluntária que se origina a partir de um sinal em nossa mente, um fenômeno psicológico, e não uma função fisiológica relacionada àquele esforço máximo.

Imediatamente após um treino de ciclismo de alta intensidade até à exaustão, ao voluntários da pesquisa de Marcora foram capazes de triplicar sua produção de energia em tiros máximos de cinco segundos. (Semelhante a ter um sprint final, no final de uma maratona). De acordo com o modelo convencional de resistência à fadiga, que propõe uma diminuição involuntária no desempenho quando algum limite fisiológico é encontrado, isso não seria possível.

Em suma, esta nova teoria afirma que a nossa tenacidade mental para suportar o desconforto e a dor é o determinante mais importante do verdadeiro desempenho potencial máximo, ao invés de nossa capacidade de limpar o ácido láctico, absorver e transportar oxigênio, estocar glicogênio.

Esta informação tem um significado especial quando você está treinando por percepção de esforço, assim como recomendamos para nossos atletas na ironguides. Nossos treinos de esforço máximo, não são definidos pela potência, velocidade ou mesmo frequência cardíaca. Em vez disso, nossos esforços são inteiramente determinados pela comunicação entre a mente e o corpo, e isso é uma poderosa conexão. Aqui está o motivo:

Um esforço MÁXIMO é apenas isso – seja em seu primeiro sprint de 25m de uma sessão de força ou um contrarrelógio de 10 min, no final de um treino longo de 4 horas, “máximo” deve descrever sua mentalidade e atitude mais do que uma determinada velocidade parcial. Ele deve criar uma prontidão para puxar o seu corpo e mente para um novo nível de desconforto. Esse ponto estará em algum lugar que você nunca esteve antes, em algum lugar que requer o surgimento de novos vasos sanguíneos e recrutamento de grupos musculares dormentes, em algum lugar que as forças de troca gasosa ocorrerão em novos níveis.

Mais importante ainda, você redefinirá sua percepção de esforço. É aqui que você aprende a lidar com novos níveis de desconforto. É aqui que você se obriga a realizar uma técnica perfeita na corrida, ou uma forte braçada em sua natação ou ainda uma ainda potente pedalada.

A questão é como você reage quando você está lá, “no momento”? Quando cada gota de energia que você começa a produzir é canalizada afim de transmitir uma propulsão, mesmo quando você está a ponto de explodir. Ataques mentais acontecem em questões de segundos e trazem uma enxurrada de alívio e conforto.

Eu lhe desafio a passar por cima desses sinais. É como segurar um prato de sopa quente, onde seus dedos estão queimando, mas de alguma maneira você está disposto a suportar aquela dor até que o prato chegue na mesa de forma segura. Você lambe seus dedos até esfriá-los, estão um pouco vermelhos mas tudo está bem. O reflexo de seu corpo é de deixar o prato cair, é um mecanismo de defesa que o seu corpo utiliza para evitar que um estrago físico aconteça.

O exemplo acima acontece da mesma forma que esses sinais estão dizendo a seu corpo para parar ou diminuir, que o ritmo é muito forte, que mais um tiro em esforço máximo não será possível. É uma resposta mecânica de seu corpo, que quando entendida e dominada, você poderá fazer coisas incríveis. Portanto, se comprometa a fazer todos aqueles tiros em esforço máximo assim como prescrito por seu treinador, faça o seu melhor.

Em nossa jornada para atingir o MÁXIMO, uma dica que ajuda é quebrar o trabalho em tarefas menores. Aqui estão alguns exemplos:

1. Quebre a tarefa em pequenos desafios. Quando você estiver em esforço ‘MÁXIMO’, preste atenção em sua pedalada. Você está aplicando força em todos os 360 graus do movimento? Em que parte desse movimento você está falhando? Esteja ciente de seus movimentos e preste atenção em quais partes de sua musculatura estão sendo ativadas durante sua pedalada. Pequenas mudanças em como você se porta em cima da bicicleta podem ter um impacto e lhe ajudar a achar novas musculaturas que lhe ajudarão a pedalar de forma mais eficiente. Não fique apenas sentado da mesma maneira na bicicleta pedalando apenas de forma mecânica até que suas pernas se cansem. Quando você eventualmente desenvolver uma pedalada coordenada envolvendo todos os grupos musculares na ordem certa, você estará voando em sua marcha pesada, seus batimentos estarão controlados, e suas pernas trabalhando de maneira suave.

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2. Quando estiver correndo, no final de um tiro ou subida, você estará perto de seu limite, então, como um reflexo, pense no trabalho que está sendo realizado. Não pense “isso é difícil”, ou “estou morrendo…”, ou invés, se concentre em apenas uma coisa, pode ser no trabalho de seus cotovelos para manter uma alta frequência de passadas, ou em criar uma respiração ainda mais profunda para maior ingestão de oxigênio, ou lembre-se a si mesmo: “corra com uma postura alta, concentre-se em tirar o pé do chão mais rápido para acelerar a cadência”. Seja qual for seu foco de concentração, da próxima vez que sua mente lhe sinalizar aquele esforço MÁXIMO, faça com que isso aconteça um pouco mais tarde ou em uma velocidade maior.

3. O mesmo acontece na natação, quando seus braços ficam sem forças, sem oxigênio e estão cheios de acido lático, quando você quer parar no meio da piscina e apenas soltar até a próxima borda, é nessa hora que você precisa focar. MÁXIMO significa que você está capturando mais água na ponta de seus dedos. MÁXIMO significa que você está concentrado em finalizar cada braçada mesmo quando sua musculatura não aguenta mais. MÁXIMO significa que você está esvaziando completamente seus pulmões apenas para conseguir enchê-los ainda mais na próxima respirada.

Meu conselho é que você troque seus paradigmas durante os treinos dos números, para ”treinar a mente” , e comece a se concentrar no que está sentindo, para que consiga realizar seus esforços altos ainda mais em esforço MÁXIMO.

 

 

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Shem Leong, Coach ironguides

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