Aos longos desses dez anos como treinador de triathlon, trabalhei com centenas de atletas com todos objetivos e históricos. E a experiência nos mostra que os que tem sucesso geralmente não são os mais talentosos, ou aqueles que se dedicam ao máximo ao esporte por um ou dois anos, mas sim atletas que adotam o triathlon como um estilo de vida e treinam de maneira consistente por anos e anos.

O artigo abaixo retrata um desses casos, Gustavo Moniz é um atleta amador com o perfil padrão: trabalho integral; família e filhos; morador de uma cidade grande; com os desafios que qualquer outra pessoa também encontra. Mas a paixão pelo esporte o transformou em um dos melhores atletas amadores do Brasil.

O Histórico do Atleta no Esporte

Gustavo inicou no triathlon em 1986 aos 18 anos de idade, achou ali o equilíbrio de vida que procurava e desde então nunca mais ficou por períodos prolongados sem treinar, alternando entre algumas temporadas de treinos e competições intensas, com outros anos em que compromissos pessoais ou profissionais são prioridades, fazendo assim somente uma manutenção em sua forma física. Assim se passaram duas décadas de provas internacionais de todas as distâncias e em todos os níveis, do amador até algumas provas como profissional.

TriathlondasMontanhas1988

Gustavo passou por todas as fases e niveis do triathlon Brasileiro. Profissional, Kona, amador, Ironman.

 

Minha primeira exposição no triathlon foi em uma prova em 1993, eu com apenas dez anos de idade estava passando o final de semana na casa de um amigo em um condomínio fechado, e um evento de triathlon ocorreu ali naquele final de semana, o vencedor foi um atleta que correu descalço por problemas com bolhas nos pés, o nome dele era Gustavo Moniz, foi a primeira vez que o vi em ação. Quinze anos depois, no final de 2008, fomos apresentados por amigos em comuns e a missão era clara, “Classificação para o Ironman do Havaí”

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Gustavo vencendo o triathlon do Nossa Fazenda em 1993, enquanto treinador Vinicius assistia aos 13 anos

 

 

Gustavo e sua história com o Ironman do Havaí

Assim como a grande maioria dos triatletas, o Ironman do Havaí, sempre foi considerado o ponto máximo dentro do triathlon competitivo. Não somente por ser o campeonato mundial da distância, mas também pela história que toda a prova traz.

Em 1999, Gustavo teve a oportunidade de competir em Kona pelo processo da loteria. Foi uma oportunidade que caiu em seu colo, já que a loteria premia somente alguns poucos atletas internacionais (fora dos EUA). Curtiu a prova terminando assim seu primeiro Ironman.

A missão não estava cumprida, ele queria voltar a Ilha mas dessa vez por méritos próprios classificando-se em uma das seletivas e para isso, precisava conquistar um dos melhores lugares na disputada categoria de quareta a quarenta e quatro anos.

O Plano de ataque

O último Ironman foi em 2006 em 11h54, portanto a missão não seria fácil, sabemos que classificar para o Havaí requer um sub 10h. Iniciamos assim a árdua rotina de treinos para em menos de 2h tirar duas hroas de seu tempo.

Apesar de ser um atleta amador de bom nível, ao escolher uma prova classificatória para Kona, é preciso ter cuidado para uma opção que valorize os pontos fortes do atleta e que seus pontos fracos não sejam tão exigidos durante a prova.

Por uma combinação de biotipo e histórico no esporte, optamos por escolher percursos que tivezes wetsuit liberado, fosse plano a ondulado no ciclismo, com uma corrida rápida além de um clima mais ameno. A estratégia era fazer uma natação e ciclismo mais forte possível, saindo para correr entre os primeiros de sua categoria, e segurar uma boa posição na corrida. Sabiamos que se estivesse correndo nas primeiras posições da categoria, ele não deixaria a oportunidade escapar, uma dessas horas em que o coração fala mais que os pulmões.

Elaboramos uma estratégia de treinos em cima disso, estar ciente de que a corrida seria sofrida mas quando motivado e ciente de que aquilo era parte de sua estratégia de prova, desenvolvemos toda uma estratégia de cadência de passadas e alimentação para encaixar em tal estratégia, Gustavo seria a “presa” no dia da prova, com alguns “predadores” a busca de sua vaga, cabe então a quem quer mais, sabiamos que se conseguíssemos manter uma certa pressão nos corredores, esses também iriam ceder, afinal de contas no ironman todo mundo sente muita dor e o fator psicológico de continuar correndo para uma vaga de Kona faz a tolerância da dor aumentar

O calendário escolhido:

Ironman Austria 2008: 9h45 – 33ª colocação

Começamos com uma prova rápida e bastante competitiva, o objetivo era pegar experiência internacional e a prender a competir rápido, além de quebrar a marca das dez horas em um percurso rápido para aumentar a confiança.

Objetivo conquistado, com uma melhor marca pessoal até aquele momento, e apesar de longe da vaga da Kona,  confiante em que estavamos no caminho certo

Ironman Arizona 2008: 9h55 – 13ª colocação

Fomos para o Arizona com tudo, era o foco da classificacao. A prova foi quase perfeita com excecao de um pneu furado. O tempo final foi apenas a um minuto da vaga.

A decepção foi enorme, o pensamento de que “se não tivesse furado o pneu teria a vaga…” era inevitável, mas o que fazer além de continuar na missão e não desistir dos objetivos.  Após um período de descanso iniciamos assim os treinos para a proxima prova

Ironman Brasil 2009: 9h50 – 5ª colocação

Após a frustração de Arizona, fomos para o IM Brazil pensando menos no objetivo e com um foco maior no processo. Ao invés de ter a vaga como foco, o objetivo era fazer apenas a melhor prova possível.

Em um dia quase mágico, Gustavo terminou a prova conquistando o quinto lugar no Age Group, e vaga garantida para Kona. O sonho foi realizado, missão cumprida.

Ironman Havaí 2009: 11h33

Apesar de participar da prova com poucas expectativas, mais com o objetivo de celebrar o esporte e curtir a prova,  porém o tempo final foi de certa forma decepcionante. Ficou ali a sensação de que a missão em Kona não estava cumprida, e o plano era voltar para terminar o serviço

Ironman Brasil 2011: 9h24 – 6ª Colocação

Após um período de quase dois anos sem provas de Ironman, o foco foi novamente a prova no Brazil. Em um dia perfeito, Gustavo terminou o evento em um tempo que continua sendo até hoje sua melhor marca. Conquistou o sexto lugar na categoria e mais uma vez a classificação para Kona

Ironman Havaí 2011: 10h13

Mais experiente e confiante, a prova no Havaí foi mais consistente e com menos erros. Melhroando sua marca no percurso em mais de uma hora, o resultado foi 10h13  — A missão ali estava cumprida.

3a participacao em Kona, 2011 (primeira foi em 1999, 2a em 2009)

Kona2011 010

Próximos Passos

De acordo com suas próprias palavras enquanto a  chama estiver acesa manter a motivação para continuar quebrando os meus recordes” – O objetivo é manter um nível de atividade física para sempre.

Gustavo é o exemplo que dedicação, consistência e paciência, são fundamentais para atingir objetivos nesse esporte.

Bons treinos  Kona2011 010

 

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Vinicius Santana

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Date: June 16, 2014
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