Ate alguns anos atrás, tivemos a oportunidade de ver Lance Armstrong de volta as provas de triathlon, modalidade onde começou sua carreira como atleta antes de se tornar o fenômeno heptacampeão do Tour de France. Apesar de ter sido banido do esporte, ele provocou um impacto importante sobre o Triathlon em sua volta.

Novamente, o tema sobre cadência ideal no ciclismo veio a tona devido a boa performance de Lance em praticamente todas provas que participou. E a dúvida de muitos é, teria ele comprovado que cadência alta também funciona para o triathlon?

Mas, porque na ironguides ainda defendemos a teoria de que para a maioria dos triatletas, principalmente aqueles sem qualquer histórico no ciclismo, utilizar uma cadência baixa ainda é a forma mais eficiente dentro de uma prova, que lhe ajudará a completar todo o percurso, da largada a chegada, em seu melhor tempo possível?

Considerando que a natação é uma decisiva parte do Triathlon para os atletas profissionais,, é importante entender que Lance sempre foi um bom nadador e passou boa parte de sua infância encarando treinos duplos de natação no Texas como comenta em seu Livro “It is not about the bike”.

Sabemos também que técnica de natação, assim como outras atividades de coordenação motora e técnica, é desenvolvida na janela dos dez aos 15 anos, sendo assim, quem treinou forte nesta idade tem uma memória muscular de uma boa técnica para o resto da vida.

Sobre a parte da cadência no ciclismo, sugiro que assistam vídeos disponíveis na internet, onde Lance participou do circuito americano de Triathlon nos anos 80. Com apenas 15-17 anos, ele já competia de igual para igual com grandes nomes do triathlon mundial. Mas o detalhe importante desses vídeos é a cadência utilizada por Lance. Ao contrário de um giro alto, Lance pedalava “pesado” provavelmente na combinação mais pesada de sua bicicleta e sua cadência em torno de oitenta rotações por minuto.

Já em 1993, quando foi campeão mundial de ciclismo, Lance pedalava com uma cadência de noventa rotações por minuto, e por esse motivo sabia que não tinha explosão suficiente para vencer a prova no sprint, e resolveu então atacar bem antes do que o normal nesse tipo de evento.

Conclusão:, até aquele momento tínhamos um atleta que pedalando pesado era um dos melhores triatletas dos EUA e campeão mundial de ciclismo com apenas dezessete anos,.

Após conquistar algumas vitórias no Tour de France, Lance teve a oportunidade de treinar por mais de dez anos como ciclista profissional. Isso,naturalmente, o ajudou a desenvolver uma enorme força, acredite. A cadência alta utilizada em provas ao final de sua carreira, não é somente uma questão de técnica, mas é preciso uma força brutal para pedalar com uma cadência de cento e dez rotações por minuto e ainda conseguir utilizar uma relação de 53×13.

Cadencia ideal no ciclismo deve considerar seu histórico no esporte, biotipo, distancia de sua prova dentre outros

Cadencia ideal no ciclismo deve considerar seu histórico no esporte, biotipo, distancia de sua prova dentre outros

Não podemos esquecer exemplos contrastantes ao de Lance. Ao estudarmos outros ciclistas profissionais, analisamos o perfil de Jan Ulrich, rival de Lance e que tem uma das cadências mais baixas no pelotão do ciclismo profissional.

Mas o que isso tudo tem haver com o seu treino, você, triatleta amador que treina ciclismo em uma média de duas ou três vezes na semana? Você não tem o mesmo passado de Lance, com anos de carreira pedalando pesado, desenvolvendo força e técnica. Portanto a solução é procurar uma cadência mais eficiente para sua prova, o que lhe trará uma boa parcial de ciclismo e ainda o ajudará a economizar energia para a corrida.

Se alguém como Jan Ulrich, que treina todos dias da semana por horas, e que compete as mesmas provas que Lance, não conseguir desenvolver a técnica para ter uma pedalada com cadência altíssima, como você vai conseguir ganhar força no ciclismo, condicionamento aeróbica e ainda aprender a pedalar com cadência alta, tudo isso em dois ou três treinos por semana?

Portanto, antes de chegarmos à conclusão de que se o Lance também consegue vencer também no triathlon e pedala com uma cadência mais alta, é importante entender o que vem por trás de toda essa história.

Um melhor exemplo para comparação seria um atleta com pouquíssimo histórico no ciclismo e que ainda pedalando com uma cadência baixa, domina as provas que participa. Essa atleta é a Chrissie Wellignton, que mesmo mulher, onde naturalmente deveria ter uma cadência mais alta que os homens, utiliza uma cadência em torno de setenta e cinco rotações por minuto.

Caso você ainda não esteja convencido, faça o teste você mesmo. Algumas diretrizes que irão te ajudar:

  1. Utilize um percurso plano, e de preferência em formato de circuito (ida e volta) para anular qualquer efeito do vento. Repita todos os testes neste mesmo circuito
  2. Faça todos os testes sempre em sua velocidade de prova. Por exemplo, caso você pedale os 90km de um Meio Ironman em três horas, segure trinta quilômetros por hora durante os testes.
  3. O tempo de duração dos testes devem ser moderados, mas não muito longos pois sua adaptação atual pode ter muito impacto nos resultados. A distância de 10km no ciclismo seguido de 3km na corrida é um bom início caso você não esteja acostumado a pedalar com uma relação mais pesada.
  4. Descanse, no mínimo,um dia entre cada teste e o único treino liberado antes do teste é o de natação.

Vamos aos detalhes de cada teste:

Teste 1: Eficiência Aeróbica

Utilize um monitor de frequência cardíaca para observar a diferença entre cadência alta e baixa. Confirme que a cadência baixa terá um menor batimento para a mesma velocidade.

Teste 2: Conforto

Principalmente para aqueles que fazem provas longas, como 70.3 ou Ironman, conforto é fundamental no ciclismo. Dê notas entre 1 e 10 ao conforto de pedalar em sua velocidade de cruzeiro em três diferentes cadências: 70, 90 e 110.

Teste 3: Desgaste Muscular combinado com eficiência aeróbica

De notas ao conforto de correr após utilizar cada uma das cadências citadas acima. Além disso, utilize um monitor de frequência cardíaca para visualizar o impacto da sua cadência no ciclismo em sua corrida.

Pronto!

Seja bem honesto consigo mesmo, e ouça seu corpo. Os resultados irão lhe surpreender e suas performances em provas irão melhorar significativamente!

Bons treinos.

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Vinicius Santana, Coach ironguides

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