O corpo humano é altamente adaptável e pode realizar grandes feitos através do treinamento e preparação especifica. Lemos constantemente sobre histórias de pessoas sedentárias que mal podiam correr para pegar um ônibus, mas que resolve começar a se exercitar e em um curto período de tempo se transformam em maratonistas ou ironmans.

Sendo um técnico, rotineiramente ouço dos atletas que amam ter metas elevadas, mas que falham em buscar boa capacidade física. Esses são chamados de não responsivos ao treinamento; eles simplesmente parecem não se adaptar aos estresses do treinamento e melhorar como aqueles ao seu redor.

Quando trabalho com essas pessoas, tenho que notar o que está ocorrendo e porque eles podem não estar respondendo ao treinamento. Eu realmente acredito que tomos somos capazes de melhorarmos nossa performance em esportes de endurance, mas a receita para fazer isso não é a mesma para todos, ainda que no mundo do endurance sejamos constantemente alimentados com as mesmas receitas de treinamento e, ao que parece, deveríamos seguir variando graus entre a falha e o sucesso.

Ao estar de frente com um atleta não responsivo ao treinamento convencional, temos que estar atentos a 2 aspectos: o que ele está fazendo durante o treinamento e como estão suas condições de saúde e nutricionais.

Vamos começar pelo lado da saúde. Quando falo de saúde, estou falando das deficiências que podem estar segurando qualquer progresso. Se você imaginar que está tentando assar um pão, mas não possui fermento, não há o que você faça: a massa não vai crescer. O mesmo acontece com o treinamento: nossos corpos precisam ter acesso a certos ingredientes para se adaptar os treinamentos e melhorar a capacidade física.

Por exemplo, ferro é um nutriente essencial para a adaptação aeróbia. Se você tem um déficit de ferro, terá sintomas típicos que incluem fadiga e náuseas. Esses sintomas não prazerosos são também vistos como normais durante o treinamento, especialmente quando a pessoa está fora de forma, levando a uma desistência precoce e ao retorno ao estilo de vida sedentário.

A deficiência em ferro é mais comum do que pensamos, especialmente em atletas modernos. Alimentos com alto teor de ferro são raramente consumidos por atletas que acreditam estar comendo de forma saudável; eles evitam carne vermelha e fígado, a melhor fonte de ferro, é raramente consumida hoje em dia. Quando isto é considerado e somando-se ao fato de que a absorção de ferro é comprometida pelo consumo de café, um dos principais ingredientes presentes nos cardápios de atletas ocupados, não é surpresa que os níveis de ferro tendem a ser menores do que eles deveriam. Nesse sentido, já vi diversas vezes a remoção do consumo excessivo de café e a adição de fígado na dieta de 2 a 3 vezes na semana fazer grande diferença em termos de progresso no treinamento.

Se você sente como se estivesse estagnado sempre que tenta ser mais saudável, está na hora de começar uma maneira diferente: faça um check-up completo de sua saúde e exames de sangue para ver se está pronto para iniciar u programa de treinamento. Com a medicina moderna, os médicos podem testar todas as formas de deficiências em seu corpo. Ficar mais saudável e ter certeza de que você está em boa saúde antes de começar um programa de treinamento vai fazer grande diferença no seu progresso e no quanto você vai curtir o processo.

Uma vez que já vimos o lado da saúde e temos a certeza de que o atleta não tem deficiências para a adaptação ao treinamento, então temos que começar a olhar especificamente para a rotina de treinos.

Dentro das diferentes modalidades esportivas, temos diferentes talentos: alguns somos bons em sprints, enquanto outros são melhores em esportes de endurance. Isto está relacionado com a forma como nossos músculos são construídos geneticamente. Enquanto um atleta pra predisposto ao endurance sempre terá problemas com a velocidade, um atleta construído para a velocidade pode desenvolver um endurance muito bom com o treinamento adequado.

Para começar, precisamos verificar o volume de treinamento. Muito raramente um atleta irá treinar pouco para se adaptar e a maioria irá pular direto para o outro lado do espectro e treinar demais. Um aumento muito grande de volume rapidamente pode segurar seu progresso e, como tudo está relacionado, também ser prejudicado pelo fato de não estar oferecendo nutrientes suficientes para a adaptação e reconstrução após o treinamento, que simplesmente não acontecem. Isto é algo que não vejo apenas nos iniciantes, mas também em atletas profissionais.

Diminuir o volume de treinamento pode ser tudo o que é necessário para que se observe melhora significativa na capacidade física. Sempre lembre que nossos corpos são feitos para se adaptarem, então o quanto antes dermos o estimulo correto, a adaptação irá ocorrer.

Agora, se mudanças no volume de treinamento não estão adiantando, então devemos observar o conteúdo de cada sessão. A primeira coisa que vejo é a quantidade de trabalho específico de endurance dentro do programa. Como exemplo, se um atleta completa seu longo de corrida em um pace apropriado e ainda tem dificuldades nessa mesma sessão semana a semana, então algo deve mudar. Colocar esse atleta em um bloco de 4 a 6 semanas focado em sprints de curta duração (20 a 40 segundos) com longos intervalos e depois retornar ao trabalho de endurance tem como resultado grandes resultados e fadiga limitada em sessões de endurance quando comparados ao que tínhamos anteriormente.

Pelo lado oposto, temos atletas que nunca tivemos problemas com o endurance, tanto por serem muito bem treinados ou após um longo período de descanso eles podem ir direto para uma sessão de endurance sem muito estresse para o corpo, porém, tais atletas podem ter problemas reais para ver desenvolvimento nessas sessões. Esses são naturalmente atletas de endurance e nenhum treino com este foco melhorará muito sua performance. Assim, seu foco deve ser intervalos fortes de 3 a 4 minutos com recuperação curta.

O treinamento deve ser realmente individualizado e a arte de treinar um atleta consiste em encontrar a receita certa para cada atleta.

Se você está cansado de ter sempre o mesmo desempenho e está com o progresso estagnado, talvez esteja na hora de olhar seu treinamento e encontrar o que está te atrapalhando. No fim das contas, a definição de treino é a aplicação de estímulos ao corpo para que traga melhoras em performance – e isso não é o que está acontecendo.

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Alun Woodward, treinador ironguides

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