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Explorando a esteira como ferramenta de treino

Explorando a esteira como ferramenta de treino – Por Vinicius Santana (treinador ironguides.com.br)

A esteira é uma ferramenta que não é explorada o quanto deveria. Com frequência é considerada chata se comparada a correr na rua. Por mais que exista uma boa parte de verdade nessa reputação, ela também oferece diversos benefícios para atletas de todos os níveis que não podem ser simulados na rua. Conheça mais sobre essa excelente ferramenta de treinos no artigo abaixo.

Biomecânica mais eficiente

Correr em uma esteira sem inclinação lhe permite correr mais rápido do que na rua, porém com a mesma carga aeróbica, o que significa que você pode correr mais rápido por mais tempo, desenvolvendo assim sua habilidade motora relacionado com um ritmo mais rápido do que o normal. A carga aeróbica seja na rua ou na esteira, é a mesma. Mas para ter esse benefício, mantenha a esteira totalmente plana, inclinação de 0%, e não a 1% como alguns treinadores e artigos recomendam.

O que isso significa? Que você tem um maior benefício pelo mesmo treino. Pois a sensação é que correr a 4’30”/km na esteira é mais fácil do que o mesmo ritmo na rua, e é mesmo, mas lembre-se que a idéia é correr com a mesma carga aeróbica. Se você consegue correr a 4’30”/km por 5km na rua, é provável que na esteira você consiga manter 4’15”/km, o que lhe da o mesmo treino aeróbico porém você trabalha sua habilidade motora em uma maior velocidade, fazendo isso com frequência, sua musculatura estará acostumada a trabalhar e contrair naquele ritmo e você acaba correndo mais rápido pois você está treinando mais do que seu sistema aeróbico.

Um menor número de lesões e recuperação mais rápida, acontece também quando grande parte dos treinos são feito na esteira. Apesar de ter certa importância, principalmente para provas longas, o impacto nas pernas em um treino realizado na esteira é menor do que na rua, isso acelera a recuperação do treino, permitindo assim que o atleta treine com mais qualidade e volume sem o aumento do risco de lesão

Controle de variáveis

A esteira lhe permite monitorar melhor sua melhora treino após treino, e isso lhe ensina a entender melhor como seu corpo responde a fatores externos como sono, dieta, estresse, etc. A medida que você faz treinos e mais treinos na esteira, isso lhe gera um feedback sobre onde você está em termos de forma física em relação aos treinos no passado, o que serve como um termometro de fitness sem que você precise ficar competindo diversas vezes.
Isso só é possível quando fatores que são variáveis na rua, se tornam controláveis na esteira, como inclinação, vento, velocidade, e temperatura ambiente.

Vai competir em uma prova com subidas? A esteira consegue simular essa situação (foto: subida da igreja, Ironman Florianopolis)

Vai competir em uma prova com subidas? A esteira consegue simular essa situação (foto: subida da igreja, Ironman Florianopolis)

A medida que você acostuma a correr na esteira, é possível simular a realidade da corrida do triathlon cada vez mais. Você pode usar inclinações, ou combinar com uma bicicleta de spinning para treinos simulados, dependendo da academia, treinos de natação+corrida, além de musculação para as pernas que lhe ensinarão a correr com as pernas cansadas. Contando que você faça cada treino com o objetivo de correr com a melhor técnica possível, você vai melhorar bastante sua habilidade de corer bem em uma prova de triathlon.

Melhor controle de ritmo

Um dos maiores fatores limitantes de todo atleta é executar os treinos e provas em um ritmo apropriado, o chamado “pacing”.

A esteira lhe ajuda a aprender a controlar seu ritmo, pois ao contrário da rua, caso o ritmo esteja forte demais e você precise desacelerar, é preciso manualmente fazer essa mudança de ritmo e desacelerar a esteira. Já na rua, pode ser que o ritmo caia, sem que você perceba. Cada vez que isso acontece, é um estímulo para que no próximo tiro você mantenha a mesma velocidade até o final.

A esteira pode ser considerada também um companheiro de treino forte, pois ao correr ao lado de um atleta mais rápido, existe uma maior facilidade mental de acompanha-lo se comparado a correr sozinho naquele mesmo ritmo (forte!), e a motivação ao correr com um companheiro de treino lhe ajuda a conquistar novas velocidades e metas. O mesmo pode ser feito com a esteira, pois você precisa tomar a decisão, manual, de “desistir”, no caso desacelerando a esteira, ou então, deixando seu parceito ir na frente

Conveniência

Atletas que moram em uma cidade grande é o menor tempo gasto com a logística de ir a um parque ou pista de atletismo, pois tem sempre uma academia perto de casa com esteira boa (que chegue a pelo menos 16km/h), e você tem os benefícios de terminar o treino na academia, seja antes do trabalho ou após, além da temperatura sempre amena, seja no extremo inverno ou verão.

Segurança também é um motivo a mais que não deve ser ignorado. Alguns atletas só tem a oportunidade de treinar bem cedo pela manhã ou na parte da noite. A esteira permite atletas com horários não tradicionais a realizarem seus treinos com segurança tanto em relação a assaltos, quanto a acidentes com carros ou bicicletas

Um caso triste, porém uma lição para atletas e treinadores aconteceu em 2012, quando o triatleta profissional Luke Harrop faleceu devido a um atropelamento enquanto pedalava na Australia. Sua irmã Loretta Harrop e então namorada Emma Snowsill, ambas profissionais do esporte, se recusaram a treinar novamente nas ruas pelos proximos seis meses, todos os treinos de ciclismo eram feito no rolo, e de corrida na esteira ou na pista. As duas dominaram o esporte na temporada de 2003, Emma foi campeã mundial e Loretta prata nas Olimpíadas de 2004

Vários campeões mundiais já fizeram a maior parte de seus treinos na esteira, e quando voltaram para a rua estavam mais rápidos do que nunca.

Melhora o poder de concentração

O maior motivo para que os atletas não usem a esteira é a parte mental, pois de fato correr na esteira sem uma série desafiadora pode ser relativamente monótono, e nada como correr em ambiente externo, principalmente em um lugar agradável, com um grupo de amigos ou curtindo a natureza.

Tudo isso é parte de um dos motivos pelo qual fazemos esse esporte, o estilo de vida. Tive um atleta que uma vez me falou “Me recuso a treinar indoors, faço esse esporte para sentir o vento no cabelo”, o que é compreensível, mas uma vez que você se preocupa com um mínimo de performance nas provas, ou que as circunstâncias de seus treinos não lhe permitem treinar sempre em ambientes agradáveis, experimente estruturar seus treinos e em pouco tempo correr na esteira irá ser algo extremamente divertido e desafiador.

Todo atleta deve aprender também a sempre entender o lado positivo de toda situação, e além de todos os benefícios ja mencionados neste artigo, correr na esteira lhe deixa uma pessoa mais forte mentalmente, que não se destrai fãcil. Isso tem um grande valor em uma prova de triathlon, pois você irá se encontrar em uma situação em que vai precisar se concentrar ao máximo no esforço que está fazendo e a se sintonizar em seu corpo para tirar toda a energia de si mesmo afim de continuar a imprimir um bom ritmo

Melhores treinos para serem feitos na esteira

a) Corrida Progressiva (Parcial Negativa)
1 hora sendo 20min fácil / 20min moderado / 20min forte
Aprenda a controlar seu ritmo e procure espaçar cada esforço em 1.5-2.0km/h, por exemplo um atleta de nível intermediário deve conseguir fazer as seguintes velocidades. Faça um trote solto ao final do treino
20min a 9km/h, 20min a 11 km/h, 20min a 13 km/h

b) Treino de velocidade de passadas
15 a 20min aquecimento progressivo. E entao série principal:
20min alternando entre: 30 segundos FORTE, com 30 segundos DESCANÇO
Mantenha a esteira em uma velocidade constante e aprenda a pular dentro e fora da esteira enquanto a correia esta em movimento. Seu objetivo é atingir uma frequencia de passadas de 50 passos para cada 30 segundos (conte somente um lado). Faça um trote solto ao final do treino

Bons treinos,

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Vinicius Santana, Coach ironguides

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Morro acima: subidas para melhorar sua corrida

por Rodrigo Tosta – ironguides coach, Rio

Na busca pelas melhores marcas e recordes pessoais, tanto em corridas rústicas como em Triathlons, muitos atletas aumentam a intensidade de seus estímulos nos treinos intervalados, o que, na maioria das vezes, dá algum resultado, mas, frequentemente, se esquecem de que a força muscular também é, além da velocidade, uma capacidade física fundamental para atletas de resistência. Não é de hoje que os melhores treinadores e atletas do mundo sabem da importância dos treinos de força para melhora da performance.

E quando falamos de aumento dos níveis de força para corredores e triatletas, não estamos, necessariamente, falando de trabalho com pesos na academia, mas sim de incluir sessões de corrida específicas na rotina do atleta, visto que muitos não gostam ou não têm acesso a esses ambientes fechados e acreditam que a sensação de liberdade proporcionada pela corrida é o que a torna uma atividade corporal tão especial.

Esses treinos específicos consistem na escolha de subidas onde o atleta possa fazer uma sequência de estímulos repetidos, utilizando a descida como forma de recuperação. Entretanto, o atleta deve estar atento às características das subidas, que devem atender aos objetivos propostos pela preparação. O treino de subida deve proporcionar uma melhora da condição anaeróbia do corredor/triatleta e, por extensão, sua capacidade de sustentar determinada velocidade por um período mais prolongado.

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De um modo geral, as distâncias das subidas podem variar de 200 a 2000m, com inclinação entre 3 e 10%. O número de repetições vai variar de 8 a 20, dependendo das subidas escolhidas. Tais características já serão suficientes para o alcance de, praticamente, todos os objetivos da preparação de força. Manter o tronco projetado para frente e uma boa movimentação de braços, para facilitar a impulsão, também são importantes. Fazer uma elevação maior dos joelhos para poder entrar com a planta do pé no solo e não com a ponta (o que irá sobrecarregar os tendões dos tornozelos e joelhos), prestar atenção na respiração e evitar bater papo durante a corrida são ingredientes para um bom treino. Além disso, você deve aumentar o número de passadas (frequência), mas não force a amplitude delas. Em resumo, além de aumentar sua capacidade física, incluir subidas em sua rotina de treinos proporciona uma melhora em sua mecânica de corrida.

Mas antes de introduzir esse tipo de treino na rotina do atleta, é importante que ele já tenha minimamente uma base aeróbia e alguma “rodagem” nas pernas. Outro fator decisivo para o sucesso com essas sessões é saber incluí-la dentro da planilha, pois como é um treino com intensidade e desgaste elevado, é importante chegar para treinar com uma fadiga controlada para render o suficiente e não comprometer a recuperação pós-treino com outros estímulos árduos nas sessões seguintes.

Tomados esses cuidados, o atleta deve saber que nesses treinos, cada tipo de objetivo vai ser atingido de uma forma diferente.  Para se trabalhar força, recomenda-se usar tiros curtos de 200 a 300m, com uma inclinação de 8% a 10%, e para focar a resistência aeróbia, distâncias de 600 a 2000m, com inclinação de 4% a 6%. Não se trata de correr a toda velocidade e chegar esbaforido lá no alto. A velocidade de subida deve ser em torno de 80% do seu ritmo médio para provas de 10km, o que provavelmente vai equivaler a um esforço forte para as séries de força. Já para as séries de resistência aeróbia, procuramos utilizar 70% desse mesmo ritmo médio o que vai equivaler a um esforço moderado/forte. O atleta precisa aprender a correr em aclive e não fazer disso um tormento! O retorno ao ponto de partida deve ser feito em um trote bem leve, pois em descidas, o impacto é muito maior e o tipo de contração muscular exercida é mais propício ao surgimento de lesões. Não se deve frear o tronco com o calcanhar, mas manter a entrada com o antepé no solo. Também não jogue o tronco para trás. Apesar de mais delicado, o treino em declives é importante para melhorar a economia de energia durante a corrida.

Outra forma de se utilizar desta variável são as esteiras ergométricas modernas que facilitam o treino indoor, podendo, inclusive, programar a inclinação para determinada distância ou tempo. Algumas esteiras também possuem a função declive, apesar de não ser tão habitual encontrá-las por aí.

Esse tipo de treino beneficia atletas em provas de todas as distâncias e devemos encará-los como um aliado, um desafio a mais para otimizar nossa preparação.

Treinar em subidas, portanto, deve fazer parte da alegre rotina de treinar e o desconforto muscular será recompensado por um condicionamento físico mais apurado e pela possibilidade de superar seus limites!

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Rodrigo Tosta, Coach ironguides

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6 Dicas para melhorar sua corrida no Triathlon

Por Rodrigo Tosta – ironguides coach, Rio de Janeiro

Seguindo a mesma linha do artigo anterior, aí vão algumas dicas que podem ser incorporadas aos seus treinos de corrida e que podem ajudá-lo no dia da prova:

1ª – Procure usar um bom par de tênis, de acordo com sua pisada e atente para o desgaste do mesmo, pois para corrermos bem, precisamos, antes de tudo, de conforto e proteção para os pés!

2ª – Da mesma forma que nos treinos de bike respeite a prescrição feita pelo seu coach em relação às intensidades dos treinos e também, não negligencie o aquecimento.

3ª – Faça treinos combinados de ciclismo e corrida, para que seu corpo se acostume com essa prática, pois no triathlon você sempre correrá com as pernas cansadas! Como dissemos no artigo anterior, se você estiver treinando em uma bike de triathlon ou contra-relógio, procure se manter a maior parte do tempo no clip, pois nessa posição estará poupando a musculatura que usará posteriormente na corrida.

4ª – Faça treinos em percursos com subidas ou utilize repetidos intervalos com inclinação na esteira para ganhar força nas pernas! Uma boa opção é alternar essas duas possibilidades a cada semana. É “duro”, mas você não vai se arrepender!!!

5ª – O mais indicado é a pisada com o terço anterior do pé, no qual favorece a projeção do tronco à frente causando menos impacto na coluna e mantendo o centro de gravidade numa linha horizontal constante, além de diminuir o tempo de contato da sola do pé com o chão (um bom educativo é correr descalço na grama, pois permite perceber qual parte do pé está pisando primeiramente o chão).

6ª – A passada não precisa ser longa, nem é necessário tentar tocar com o calcanhar nos glúteos. Quanto mais longa, ou seja, quanto mais adiante da linha do quadril for a passada, mais contribuirá para frear o movimento, maior será o impacto e o tempo de contato com o solo, o que significa desgaste. Então, se diminui a amplitude para aumentar a freqüência (número de passos por minuto). Jack Daniels, conhecido treinador americano de atletismo, analisou inúmeros corredores Olímpicos, desde os velocistas aos maratonistas, e descobriu que, independentemente da distância ou duração das provas, 90 passadas por perna por minuto era a norma. Conte os passos que dá com o pé direito ou esquerdo durante 20 segundos e certifique-se que está dando pelo menos 30 passos. Inicialmente você vai se sentir “estranho”, mas com o passar do tempo se acostumará. Tente se concentrar o tempo inteiro. Pratique!!!

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